- Victor Hugo Nicéas
O 'horror' da mutação

(Victor Hugo Nicéas)
Escreve-se momentos
Para não perdê-los
Da sombra da vista
Como quem segura vida
Em folhas solúveis
Visando conservar
Conserva-se o passado
Como quem acha
Que o pode fazer
Fazendo-o para fugir
Do presente dolor
Que tenta esquecer
Com frieza de tinta
E quentura de sangue,
Lambe-se o lápis dos dedos.
Deleitando-se na repetição
Da própria inutilidade,
Do achismo da ação
Tudo é igual sem ser,
Tudo é diferente sem estar
Tudo é nada;
E nada é.
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